20 junho 2014

Resenha - Game of Thrones: 4ª temporada

Depois da terceira temporada, de final decisivo para os rumos que a série tomaria, a quarta temporada de Game of Thrones teve a missão de definir quais seriam esses novos rumos. Essa tarefa fica ainda mais difícil quando se trata de uma série que já tinha alcançado um nível de público e relevância que nenhuma outra produção da HBO jamais teve. Ainda sim, esse não foi um grande problema para Game of Thrones. A quarta temporada, que de acordo com muitos fãs é justamente a que mais foge do livro, conseguiu ir muito além dos ganchos deixados na última, satisfazendo o público com surpresas e cenas memoráveis em praticamente todos os episódios.

Essa característica, apesar de bastante positiva, é problemática quando usada sempre com a mesma estrutura, chegando a lembrar séries de TV aberta. Em vários episódios grandes acontecimentos ocorrem justamente na ultima cena, sempre um pouco mais longas do que as outras, dando às vezes a impressão de que a primeira metade dos episódios são de enrolação, ou fazendo com que ganchos importantes se tornem óbvios. Além disso há uma grande tentativa de incluir o máximo tramas independentes durante essa temporada, fazendo personagens que antes cativavam o público virarem apenas acessórios da história ou abordando partes da história superficialmente.

Ainda sim, quase todos os episódios dessa temporada são memoráveis, e os excessos cometidos são logo amenizados, já que houveram também episódios que não seguiram necessariamente às formulas citadas. Não só existem muitas reviravoltas nessa temporada, talvez a mais agitada até agora, como também todas são todas incrivelmente bem escritas e atuadas. É uma pena que, para tal, a série tenha em certos momentos falhado em sua responsabilidade minusciosa e detalhada, tão caracteristica sua.