09 março 2013

Resenha - Oz: Mágico e Poderoso

Oz: Mágico e Poderoso (Oz the Great and Powerful)
Direção: Sam Raimi
Estrelando: James Franco, Mila Kunis, Rachel Weisz, Michelle Williams
Walt Disney Pictures

Antes de tecer aqui uma crítica sobre o filme que estreou ontem (08/03) nos cinemas brasileiros e mundiais, quero deixar bem claro: não se trata de O Mágico de Oz. Enquanto esperava o filme começar, vi muitos adultos dizerem para seus filhos que veriam O Mágico de Oz (que desserviço, aliás, pois nem Dorothy nesse filme tem...). Ao estilo do que fez Tim Burton com Alice no País das Maravilhas, Sam Raimi faz de Oz: Mágico e Poderoso uma extensão do clássico O Mágico de Oz, com uma nova história, que ocorre em um tempo distante da original, mas que a reverencia. Até demais, eu diria. Aqui parece até que Raimi quer brincar de ser Scorsese em A Invenção de Hugo Cabret e tudo vira uma homenagem aos primórdios do cinema, seja pela batalha final, em que um cinematógrafo se transforma na grande arma do mágico, ou seja pelo início, que assim como na versão original de O Mágico de Oz, é em preto e branco, até que o mágico chegue à cidade de Oz, onde tudo praticamente explode em cores. A partir daí, o filme se revela mais visual que tudo. Uma elaborada arte gráfica toma conta da tela em vários momentos para criar um belo cenário mágico, mas é estragada pela edição, que quase sempre deixa visível que os atores foram recortados de um fundo com cromaqui, além de um ajuste meio estranho das camadas das imagens que deixa algumas distorções na imagem (dizem que nenhum dos dois erros ocorre na versão 3D, que não cheguei a ver). Já na parte do enredo, nada dá muito entusiasmo: nem a história, que é até simpática, mas bobinha e com poucas piadas relevantes (mas cheias de referências pra quem gosta do filme original); nem mesmo o elenco, que abaixo das expectativas, está apenas ok. O filme, no geral, é até agradável de se ver, mas também entediante, tanto para uma criança (vi várias se remexendo da cadeira até as cores aparecerem), quanto para um adulto que esperasse um pouco mais.