Repetindo a dose do ano passado (só que um bocado mais atrasado, desculpa), selecionamos novamente os melhores 10 álbuns do ano que passou. Analisamos assim dezenas de álbuns de alcance internacional até chegar a uma lista final que mistura bandas já conhecidas com novatas, ritmos contemporâneos e clássicos, álbuns vanguardistas e álbuns bem feitos quase simetricamente. Se você não ouviu qualquer um desses nomes durante o ano, vale a pena ouvir a partir de agora. PS.: A lista não está em ordem numérica e sim em ordem alfabética, ou seja, não se trata de uma lista de colocações.
AM - Arctic Monkeys
Um álbum simples, de execução exata: é isso que você encontrará ao ouvir AM. Nenhuma das faixas é inovadora, todas remetendo a outras produções da banda e até de outras bandas, desde os anos 70 até aqui. Mas ouvindo cada uma desses faixas é fácil ver que elas chegam à altura de várias canções lendárias do rock, tanto em letra quanto em produção.
BEYONCÉ - Beyoncé
O ano já estava acabando e todos se surpreenderam: Beyoncé discretamente lançou um álbum completamente visual. Sem nenhuma divulgação ou aviso. Assim, ela não só lançou um projeto fonográfico revolucionário como cunhou uma obra que dá novas direções à sua carreira e que consegue ser intimista e megalomaníaca ao mesmo tempo.
Days Are Gone - HAIM
Em seu primeiro disco, as três irmãs californianas transitam entre o pop e o rock com uma naturalidade que até assusta. Extremamente talentosas, suas músicas são impecáveis, extremamente expontâneas e com pitadas nostálgicas, que resulta numa sonoridade viciante. Não há algo tão fresco e promissor na música quanto HAIM.
Para ouvir: The Wire, Forever, Don't Save Me, Falling, If I Could Cange Your Mind, Running If You Call My...
...Like Clockwork - Queens of the Stona Age
Para seu novo álbum, a banda de Josh Homme colaborou com nomes de peso como Elton John, Dave Ghrol e os vocalistas do Nine Inch Nails, Arctic Monkeys e Scissor Sisters. O resultado final é um álbum de metal, mas com pitadas de pop, tornando-o acessível, profundo e condizente ao mesmo tempo.
Para ouvir: The Vampyre of Time and Memory, My God is the Sun, I Set By the Ocean, Kalopsia, If I Had A Tail, Fairweather Friends, …Like Clockwork
Modern Vampires of the City - Vampire Weekend
Para seu terceiro álbum, Vampire Weekend atinge seu mais ambicioso e certeiro projeto. Tudo que a banda já produziu parece ter dado base a um desenvolvimento que chegou em seu momento de precisão. Com a consolidação do que era experimentalismo e novidade, o grupo talvez seja o maior em inovação e criatividade atualmente.
Pure Heroine - Lorde
Com sua pequena revolução cultural, a neozelandesa adolescente Lorde virou o fenômeno do 2013. Tanto liricamente quanto sonoramente, seu pop é bem simples, mas bastante carregado de significado e, combinado à sua imagem, estabelece novos parâmetros de toda a produção pop que vier daqui para frente.
Depois de 8 anos sem lançar um disco, com exceção de uma trilha sonora, Daft Punk volta surpreendendo a todos com talvez o seu trabalho mais popular até hoje. Ele se diferencia de tudo que o duo já fez: em vez de olhar pra frente, dá uma volta no passado, trazendo funks, grooves e setentismos revisitados, mas todos, claro, com a forte assinatura do Daft Punk.
Para ouvir: Lose Yourself to Dance, Get Lucky, Instant Crush, Giorgio by Moroder, Doin' It Right, Contact
Reflektor - Arcade Fire
Depois do multipremiado e magnífico The Suburbs, o Arcade Fire volta com um álbum duplo que carrega novas identidades adquiridas pelo grupo, que tornaram as músicas mais ritmadas e a temática mais contemporânea. Isso sem perder a profundidade e a complexidade já características da banda.
Para ouvir: Reflektor, Afterlife, We Exist, Normal Person, You Already Know, Awful Sound (Oh Eurydice), It's Never Over (Hey Orpheus), Porno
Settle - Disclosure
Quem acha que a música eletrônica já sucumbiu à mesmice, precisa conhecer Disclosure. O duo de irmãos ingleses traz criatividade ao gênero, além de uma produção metodicamente bem feita e com diferentes referências. Mas não é só eles que brilham no disco: todos featurings contém artistas novos e promissores deixando sua marca nas faixas.
The Electric Lady - Janelle Monáe
Nesse disco que compõe as 4ª e 5ª partes de sua epopeia conceitual Metropolis, que envolve toda sua discografia, Janelle canta sobre libertação. Com seu R&B/Soul bem clássico, a cantora chama todos para se expressarem completamente, seja em músicas dançantes, seja em hinos de empoderamento e questionamento.
